Neste domingo (20), a Copa do Mundo 2022 começa com a partida entre Qatar e Equador, às 13h (de Brasília), no Estádio Al Bayt, em Al Khor.

Será a 1ª vez que o Qatar, país minúsculo (menor que o Sergipe no Brasil) e com menos de 3 milhões de habitantes, disputará um Mundial.

Anteriormente, a nação nunca conseguiu se classificar através das eliminatórias asiáticas, mas, por ser o país-sede neste ano, teve sua vaga garantida.

Para não decepcionar a torcida (e as autoridades) em sua estreia no maior torneio de futebol do planeta, os qataris vêm trabalhando forte há 12 anos para montar uma equipe que ao menos não faça feio na Copa.

Para isso, o time “apelou” também para a naturalização de jogadores, “importando” alguns nomes de destaque do elenco.

Ao todo, 10 dos 26 atletas do grupo, ou quase 40%, não nasceram no Qatar. São eles:

– Boualem Khoukhi (zagueiro): nasceu na Argélia

– Pedro Miguel “Ró-Ró” (zagueiro): nasceu em Portugal

– Bassam Al-Rawi (zagueiro): nasceu no Iraque

– Musab Kheder (lateral-direito): nasceu no Sudão

– Karim Boudiaf (meio-campista): nasceu na França

– Ali Assadalla (meio-campista): nasceu no Bahrein

– Mohammed Waad (meio-campista): nasceu no Iraque

– Almoez Ali (atacante): nasceu no Sudão

– Mohammed Muntari (atacante): nasceu em Gana

– Ahmed Alaaeldin (atacante): nasceu no Egito

Apenas três seleções possuem mais jogadores naturalizados do que o Qatar na Copa do Mundo.

São elas: Marrocos (14), Tunísia (12) e Senegal (12).

A grande diferença em relação ao Qatar é que, no caso desses três país africano, a grande maioria dos naturalizados possuía dupla nacionalidade, já que seus pais eram imigrantes dessas nações que foram, na grande maioria, viver na Europa.

São os casos, por exemplo, do marroquino Achraf Hakimi, que nasceu na Espanha; do tunisiano Wahbi Khazri, que nasceu na França; e do senegalês Kalidou Koulibaly, outro que veio ao mundo na França, só para citar alguns.

No caso do Qatar, a história é muito diferente…

A Aspire Academy

Em 2004, o Governo do Qatar fundou a Aspire Academy, uma mistura de escola e centro de formação esportiva criado com um objetivo: “fabricar” atletas da ponta para a minúscula nação do Oriente Médio.

Através de fortes programas de financiamento, a academia captou diversos jovens talentos em países pobres, levando os atletas para treinarem e finalizarem a formação escolar em Doha.

Com o tempo, os jogadores foram sendo “distribuídos” nos clubes do Qatar e ganharam nacionalidade país, o que lhes deu a oportunidade de defender a seleção nacional.

Esses foram os casos, por exemplo, do lateral-direito Bassam Al-Rawi e do atacante Almoez Ali, dois dos principais atletas do elenco.

Há também outros casos, como o do zagueiro português Ró-Ró, que jogou na liga do Qatar por tanto tempo que acabou obtendo a nacionalidade local para “aliviar” a cota de estrangeiros do time, mas depois recebeu uma convocação para defender a seleção qatari e aceitou.

A Aspire Academy ainda se destacou por criar o pograma HOPE (Habitual a Experiência Profissional no Estrangeiro, na sigla em inglês), enviando alguns de seus principais “estudantes” para clubes europeus, de forma que eles pudessem desenvolver seu futebol no “Velho Continente”.

Com isso, vários jogadores da seleção do Qatar jogaram por equipes como Villarreal e Cultural Leonesa, da Espanha, Red Bull Salzburg e LASK Linz, da Áustria, e Eupen, da Bélgica.

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