O Procon de São Paulo decidiu informar a Netflix para comunicar a seus usuários o custo adicional das assinaturas compartilhadas, dado o “volume de consultas” que recebe em sua rede social.

Órgãos de defesa do consumidor querem esclarecimentos da empresa.

De acordo com o Procon, o objetivo é “entender o que a Netflix realmente anunciou para seus assinantes sobre a cobrança de assinaturas compartilhadas”.

A investigação inicial do Procon visa apurar se a Netflix efetivamente adotou o novo padrão de cobrança, e como funcionará esse eventual novo sistema de acesso, entre outras informações relevantes, “para que, com base na análise de dados específicos, a derradeira violação ao Código de Defesa do Consumidor Agir”.

O Procon-SP orienta os consumidores que foram notificados pela empresa sobre mudanças na forma de cobrança pela assinatura de seus serviços e que consideram irregular o registro de reclamação formal no site.

Somente com a comprovação da alteração e formalização da denúncia será possível avaliar se novas formas de cobrança de acesso ou tecnologias utilizadas para controle estão amparadas legalmente na Lei de Defesa do Consumidor”, explica Rodrigo Tritapepe, Diretor de Atendimento, Orientação do Procon-SP .

Netflix começa a cobrar usuários dos EUA por compartilhamento de senha

A Netflix anunciou na terça-feira que está oferecendo aos assinantes dos EUA uma maneira de compartilhar suas contas com usuários fora de casa, já que a empresa reprime o compartilhamento de contas.

Os usuários podem pagar US$ 7,99 adicionais por mês para adicionar usuários externos às suas contas, disse a gigante do streaming.

A empresa disse que planeja enviar lembretes por e-mail para usuários dos EUA cujas senhas são compartilhadas fora da cidade. Espera-se que a mudança gere novas receitas.

A Netflix anunciou um plano semelhante há três meses para reprimir senhas compartilhadas direcionadas a usuários no Canadá, Espanha, Portugal e Nova Zelândia. A Netflix lançou as mudanças para cortar gastos em US$ 300 milhões em 2023 para melhorar a lucratividade.

A empresa disse que os clientes em outros mercados inicialmente hesitaram sobre sua campanha anti-compartilhamento de senhas, mas muitos acabaram pagando pelo conteúdo em suas próprias contas.

No Brasil, a partir desta terça-feira (23), quem compartilha contas da Netflix aprendeu que deve se preparar para pagar a mais por isso.

A gigante do streaming começou a notificar seus assinantes de que terão que pagar uma nova taxa para compartilhar a conta.

“É possível compartilhar sua conta Netflix com pessoas que não moram juntas por R$ 12,90 mensais por assinante adicional”, enfatizou a empresa no e-mail.

Em um comunicado à imprensa, a Netflix enfatizou que a conta “deve ser usada por uma família”.

“Todos que moram na mesma residência podem acessar a Netflix em qualquer lugar, seja em casa, na rua ou durante uma viagem”, detalhou a empresa.

“Sabemos que nossos assinantes têm muitas opções de entretenimento. Por isso, continuamos investindo em nossa diversidade de filmes e séries para garantir que não importa seu gosto, humor, idioma ou com quem você assiste, sempre tem algo para você na Netflix”, a empresa enfatizou.

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